quinta-feira, 23 de agosto de 2012

porque é importante a tecnologia


A tecnologia é muito indispensável à nossa sociedade onde  as pessoas raramente param para pensar que, por si só, ela não é tão importante, a integração da tecnologia com a rotina do dia a dia é o que a torna essencial. Consequências inesperadas, no entanto, podem surgir quando organizações encaram essa difícil tarefa. Essas organizações podem causar impactos globais maiores do que os esperados. Quem, por exemplo, imaginaria que o primeiro sistema de reservas de voos, desenvolvido nos anos 60 pela American Airlines, abriria as portas para serviços de bancos online e transações varejistas online?
Organizações inovadoras estão constantemente refletindo e imaginando formas de aproveitar a tecnologia ao máximo. Empresas, governos e comunidades não apenas aplicam novas tecnologias em suas fábricas ou escritórios, mas esperam que isso seja revolucionário. Eles reavaliam suas operações e reformulam o fluxo de trabalho. Essas organizações reconstroem seus modelos de negócios. Ponderam sobre o que seria necessário para que um novo dispositivo ou serviço tornasse nossas vidas mais eficientes, produtivas ou satisfatórias. É dessa forma que se obtém progresso.
A IBM completa seu centésimo aniversário neste ano, o que oferece uma oportunidade de analisar o passado e aprender novos conceitos sobre como o progresso se desenvolve. Um deles, adquirido ao longo dos últimos cem anos é que organizações bem-sucedidas utilizam um processo sistemático de raciocínio ao implementar tecnologias que transformam suas atividades. Algumas das abordagens que promovem progresso estão descritas a seguir.
Conectar os Dados: a sociedade depende de dados. As empresas se organizam em torno disso para se diferenciarem de seus concorrentes. Novos modelos de negócios são criados a partir desse cenário. Comunidades usam a integração de dados para melhorar drasticamente a qualidade de vida. Toda essa coleta de informações é movida por um complexo conjunto de tecnologias sofisticadas: sensores, GPS, faixas magnéticas em cartões de crédito e até as MRIs (imagens por ressonância magnética).
Muitas vezes, no entanto, essas informações permanecem restritas. Não se tornam disponíveis às pessoas que precisam delas. Não são combinadas com outros dados. Não são digitalizadas. O progresso é impressionante quando as instituições em uma sociedade associam seus dados e os disponibilizam para um grupo mais amplo de funcionários, clientes e parceiros.
A Prefeitura do Rio de Janeiro, por exemplo, anunciou no final de 2010 o início do funcionamento de um centro de gerenciamento de informações públicas para a cidade do Rio de Janeiro. O Centro de Operações do Rio integra e interconecta dados de diversos órgãos públicos do município para melhorar a capacidade de resposta da Prefeitura em relação a vários tipos de incidentes, como inundações e deslizamentos.
A missão desse centro é justamente consolidar informações de vários sistemas do município para visualização, monitoramento e análise em tempo real. O sistema foi desenhado para prevenção de enchentes, mas está capacitado para outras ocorrências, desde incidentes no Réveillon na praia de Copacabana, a saída de torcedores de uma partida de futebol no Maracanã ou mesmo um acidente de trânsito.
Inovar por meio da análise: na medida em que o mundo se torna mais complexo e interconectado, acompanhar os eventos – que dirá compreendê-los e agir com base nessa compreensão – torna-se cada vez mais difícil. No entanto, de forma paradoxal, as organizações líderes são aquelas que encaram desafios cada vez mais complexos. Elas estão abrindo o caminho para melhorar as vidas de seus funcionários, clientes e cidadãos.
Essas empresas e órgãos de governo são muito mais sofisticados e arrojados ao utilizar tudo, desde ferramentas analíticas e supercomputadores, até tecnologias de busca. Em vez de simplesmente implementar ferramentas analíticas para reduzir os custos e serem mais eficientes, elas usam esses recursos tecnológicos para conseguir dar respostas rápidas a operações rotineiras, realizar simulações de problemas com potencial de interrupção de atividades e sugerir possíveis soluções. Isso serve como base para a geração de novos produtos e serviços inovadores.
Por exemplo, os oceanos ao redor do mundo enfrentam desafios importantes, que inclui poluição, pesca predatória e mudanças climáticas. Em resposta à parte desses desafios, o Instituto Marinho da Irlanda implantou sensores na Baía de Galway, conectados em tempo real com um sistema analítico de processamento de dados. O objetivo? Criar um novo modo de monitorar extensos recursos hídricos, substituindo a coleta manual de informações por sistemas automatizados, monitorando a baía como um organismo vivo. Isso garante respostas mais rápidas a problemas críticos, como a detecção de poluição ou o alerta a navios e cidadãos sobre padrões de ondas perigosos.
Comunicar: desenvolver uma ideia ou produto de forma secreta ou baseada em grupos de foco não é mais uma garantia de sucesso. A inovação acontece tão rapidamente, as pessoas compartilham tantas informações entre si com tanta facilidade, que a melhor forma de atender às suas expectativas é por meio de comunicação e interação abertas. Isso significa utilizar projetos pilotos, com adaptações contínuas e mídias sociais para atender aos consumidores e parceiros de negócios.
Uma coisa é dizer aos funcionários ou cidadãos que um projeto ou produto é bom para eles. Outra é estimular a participação e a inovação, envolvendo essas pessoas no processo criativo, agindo com base em seus feedbacks e sugestões e mantendo-os atualizados sobre os problemas e sucessos do projeto.
Quando os governantes de Malta decidiram instalar medidores de eletricidade e água mais eficientes e inteligentes na ilha, eles não instalaram 250 mil novos dispositivos de uma vez. Em vez disso, começaram com pilotos. Primeiramente, com um grupo de 200 pessoas e, em seguida, expandiram para 10 mil. Ao incluir os cidadãos no desenvolvimento do projeto, os líderes da iniciativa mantiveram a comunidade inteira informada. Hoje, Malta conta com a confiança de toda a sociedade.
A tecnologia pode ser inovadora. Porém, por si só, não é capaz de melhorar nossas vidas. Somente nós, os seres humanos, temos a inteligência e a criatividade para fazer isso. Quando começamos a pensar sistematicamente sobre onde a tecnologia pode ser aplicada e o que devemos mudar em uma organização ou em uma abordagem para aproveitá-la ao máximo é que damos um passo à frente. É quando obtemos progresso. E todos nós nos beneficiamos com isso.

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